Não é o que pensam, pois ainda faltam sete anos para estar na casa dos trinta, mas a minha mentalidade e a maneira como vejo a vida enquadra-se perfeitamente nos 30. 

Desde pequena que cresci com pessoas mais velhas, incluindo a minha irmã, que brevemente fará 31 aninhos, e ela era e é a minha melhor amiga, o que fez com que sempre saísse com os amigos dela. Ou seja, comecei a frequentar discotecas a partir dos 12 anos, com a minha irmã, claro, e deixei de as frequentar quando ela também deixou, aos 28, tendo eu 20 anos.

Em conversa com o meu namorado, ele acha que devia de me divertir mais, de sair mais, mas eu não sinto essa necessidade, não da forma como ele sente.

Atualmente, com 22 anos, o meu conceito de sair, é ir para casa de casais amigos, com filhos, e estar rodeada de crianças, comer, beber (sumos, não gosto de alcool), e conversar durante horas a fio.

Como referi anteriormente, a minha melhor amiga é a minha irmã, e sempre vivi do jeito que ela vivia, e o facto de ela ter um filho, faz com que eu seja mãe também e queira é estar com o meu sobrinho e com a minha família toda junta, e irmos comer um gelado até ao centro de Leiria, passear e conversar até às 2h da manhã. No entanto não é fácil explicar isto a um jovem com a mesma idade que eu, muito menos ao meu namorado, que ainda frequenta a universidade e que os objetivos de vida deles só passa por frequentar festivais de música, beber e conversar de cenas sem jeito nenhum.

Sei que muitas de vós não compreenderão esta minha maneira de viver a vida, mas neste momento só a consigo viver e ver desse jeito, como uma mulher casada e com filhos, é assim que a minha irmã vive, e eu gosto disso. 

Afinal de contas, sempre fui ama dos meus primos, e durante anos e anos os meus fins de semana eram passados em casa dos meus primos a tomar conta dos filhos dele e a conversarmos de assuntos sérios, de família.